segunda-feira, junho 12, 2006
Temos Medo...
O medo é pequenino...muito pequenino, quase um alfinete que pica mas não pica, ameaça mas não faz, é tão incerto que acaba sempre por se juntar a nós...o medo tem medo do escuro junta-se logo a nós quando no escuro estámos, o medo tem medo da solidão, logo se junta a nós quando na solidão nos sentimos, o medo tem medo que sejamos felizes com as outras pessoas, então cola-se a nós para que a sua própria tristeza não o apoquente...o medo tem medo de ficar doente, repara como ele se junta quando nós também o estamos!...o medo tem medo da perda, junta-se a nós como uma carraça quando medo temos de o perder, ou de perder alguém...o medo tem medo de novos sentimentos junta-se a nós para que não nos esqueçamos dele...será que o medo vê a ceifeira?...concerteza que sim ou não tivesse medo e se juntasse a nós...o medo tem medo da dor, lá está ele a juntar-se a nós quando a sente compartilhando-a tipo líquene...o medo é tão mesquinho...tão pequenino!!!...tão dependente de pessoas quanto nós...o medo tem medo dele próprio e nós como tal, temos medo dele também...
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3 comentários:
Todos os dragões da nossa vida são talvez princesas que esperam ver-nos um dia belos e corajosos. Todas as coisas aterradoras não são mais, talvez, do que coisas indefesas que esperam que as socorramos.
*****Be happy
O medo é sem dúvida o nosso companheiro de vida, ele está sempre presente...E sentir medo do medo é como areias movediças...Sem dúvida o medo nos deixa presos e por vezes é ele que nos impede a felicidade...
Disses-te tudo o que um dia gostava de ter dito sobre ele... ;) mais uma vez espectacular...
Beijinhos
O medo é na verdade tão pequeno e subtil que muitas vezes só damos conta dele quando já se tornou dono e senhor do nosso agir. Ainda assim ... foi o medo que me parou no exacto momento em que "atravessava uma rua sem olhar" e sobreviver a mais um dia. O medo que sempre nos acompanha não é em si o drama, o drama é talvez saber vivê-lo. Talvez, mais do que ter coragem para não sentir medo é admitir que o sentimos, pois aprender a viver com o medo é perceber a altura em que devemos parar de nos mexermos para não nos entrerrarmos mais na areia movediça.
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