Eram quatro da tarde, quando nos encontrávamos no triângulo combinado. Entusiasmados, divertidos e impacientes mas lá entrámos no carro rumo ao sul. A conversa gastava as três horas de bom alcatrão, pelo menos, apenas se bracejou durante uma dúzia de quilómetros por causa do piche bem colocado em sítio indevido. Paragem a meio do percurso - espaço para uma água, mais uma gargalhada e um estalar de ossos de descontracção. Meia hora ou um quarto de hora volvida, e lá continuavam as gargalhadas, as piadas e a miragem negra que nunca parava. Deviam ser umas seis e meia quando, chegados ao nosso destino, sentimos o sabor a pó da fila que nos esperava: "Ok! organizar tropas! porque não ficam as duas e vão trocar os talões? Nós vamos à procura de lugar, vamos ter a Vasco da Gama, ok?". Os talões, fáceis de trocar e com fila mínima, em quinze minutos estavam trocados, mas o lugar, esse, fugia o quanto podia para não nos apanhar. Finalmente foi encontrado um lugar, daqueles esquecidos e um pouco abandonado, mas um lugar como outro qualquer. Bem!, já tocava o telemóvel do outro lado - "Já temos os Bilhetes! vamos apanhar o autocarro para Vasco da Gama, até já!" - e nós, por intervenção divina, lá fomos a calcantes até ao senhor navegador. Quinze minutos depois e lá tocava de novo o telemóvel - "Já estamos com o senhor dos mares, onde andam!" - mais meia hora, e chegávamos ao nosso destino. Bem jantados, recomeçou a viagem contrária mas desta vez, em autocarro. A Sra. Dona Fila já nos esperava e por muitos mais esperou ela. Vento, pessoas e lentidão mas lá conseguimos estar apenas quarenta minutos para trocar os bilhetes já trocados por uma entrada Super! Pessoas, pés e mais pés, cabeças, preto, napas, cabedal, gangas, havia de tudo para ver o cabeça de cartaz. Acabado Satriani, a altura aproximava-se no entanto nem o bom, nem o mau, nem o vilão entravam em palco para o que viria a ser umas das melhores noites musicais das cinquenta mil pessoas que lá estavam. Eis que as badaladas das onze e vinte tocavam, e finalmente o filme com Clint Eastwood começava nas telas. Os Metallica estavam em palco, com toda a força e todo o vigor que sempre tiveram, talvez mais agora, que estão numa nova fase. Enter Sandman, Master of Puppets, Am i evil!, Nothing else matters, Unforgiven, One... Seek and destroy... foi o primeiro concerto da tour europeia e que concerto! Estes senhores estão de volta, e nada velhos, têm feito o trabalho de casa, o alinhamento foi simplesmente fantástico, não tocando nenhuma música do último álbum, mas percorrendo a história da banda com a ajuda a video-clips, imagens e muito fogo de artifício. O "senhor metal", para quem não sabe chama-se James Hetfield e é vocalista dos Metallica, impulsionou as pessoas para outro nível, puxou pelo público como ninguém e todos corresponderam com grande entusiasmo. Encores, e algumas surpresas, era o que os Metallica tinham guardado para o público português, tocando ao todo dezoito músicas durante quase três horas de espectáculo. Infelizmente ficaram, algumas grandes músicas de fora, como a Fuel, no entanto, foi sem dúvida uma noite memorável. A distribuição de baquetas e palhetas acabou a noite, com vários sorrisos e agradecimentos ao público que foram devidamente retribuídos.
A viagem de volta, foi um misto de sorrisos e de sonhos, que ainda dura na cabeça e na alma de quem lá esteve. Quando voltarem cá, contem comigo!
sábado, junho 30, 2007
domingo, junho 17, 2007
Dia de decisões
A sensação de que estou entre a espada e a parede não me deixa muito confortável... Sinto-me encurralada sem espaço para poder andar... ai o que eu faço???
Tenho de te contar, tenho de te dizer, tenho de me sentir leve... Mais do que isso tenho de ser sincera contigo, porque acho que não estou a jogar limpo... Só não percebo como não percebes-te!!É que não consigo entender...os meus olhos, o meu sorriso dizem tudo!!! Que certezas queres tu mais ??? São contas fáceis de fazer, é só somar e faz-se luz...
Só tenho medo de isto tudo não ser nada, e acima de tudo eu me prejudicar, mas eu tenho de dar um passo em frente, porque assim não dá mais...Tenho de me arrepender daquilo que fiz e não do contrário... Tenho de reunir todas as energias do mar, toda a sua força, toda a sua pureza e nitidez para te dizer o que vai cá dentro....
O resto está nas tuas mãos.....
Tenho de te contar, tenho de te dizer, tenho de me sentir leve... Mais do que isso tenho de ser sincera contigo, porque acho que não estou a jogar limpo... Só não percebo como não percebes-te!!É que não consigo entender...os meus olhos, o meu sorriso dizem tudo!!! Que certezas queres tu mais ??? São contas fáceis de fazer, é só somar e faz-se luz...
Só tenho medo de isto tudo não ser nada, e acima de tudo eu me prejudicar, mas eu tenho de dar um passo em frente, porque assim não dá mais...Tenho de me arrepender daquilo que fiz e não do contrário... Tenho de reunir todas as energias do mar, toda a sua força, toda a sua pureza e nitidez para te dizer o que vai cá dentro....
O resto está nas tuas mãos.....
quinta-feira, junho 14, 2007
Auto-estradas
Olá pessoal, já há muito que não escrevo cá um texto de opinião, e como fui impulsionado também para o fazer, cá vai ele.
Normalmente percorro todas as semanas e mesmo todos os dias duas auto-estradas portuguesas, a A28 (faz a ligação entre Porto e Viana do Castelo) e a A3 (faz a ligação entre Braga e Porto). A primeira, a A28, não tem portagem mas tudo indica que terá em breve, a segunda, a A3, já tem alguns anos e tem portagem. A ligação Porto- Viana (A28) tem um traçado fácil, suficientemente largo, e a maior parte dos quilómetros é feito em piso poroso (aquele que quando chove, a estrada não fica tipo piscina!) tem mesmo uma berma constante em toda a auto-estrada com excepção de uma parte ou outra mas que à partida não prejudica nenhum automobilista, tem o limite de velocidade normal numa auto-estrada (120km/h - para quem não sabe este é o limite de velocidade e não velocidade mínima!) mas, o trânsito vai fluindo, apesar da quantidade enorme de veículos que passa naquela via.
A A3, é sem dúvida mais antiga no entanto é paga e sendo assim acho que os utentes devem exigir algo mais já que a pagam. Para começar, o piso não poroso (piso para piscina quando chove!) tem uma percentagem acentuada neste via podendo-se tornar bastante perigoso, o traçado é feito com alguma facilidade especialmente se não ultrapassarmos o limite de velocidade se isso acontecer, existem umas curvas que podem ajudar a que algo corra mal, mas como dizia faz-se bem. Em relação às bermas, esta existe em quase toda a auto-estrada, excepção feita a uma subida de alguns quilómetros e bastante acentuada por sinal, esta zona é bastante perigosa porque é cheia de movimente (devido à subida acentuada, o trânsito concentra-se mais). Uma coisa que não entendo é a quantidade de lixo que existe no pavimento, neste campo a A28 também não é um primor, mas sempre é mais limpinha que a A3 talvez esse facto se deva à diferença de fluxo de trânsito ou ao tipo de veículos que circula numa e noutra.
Em termos de experiências pessoais a última coisa que me aconteceu foi um furo na A3, passo a explicar, estava eu a circular na via mais à esquerda a efectuar uma ultrapassagem no tramo de subida acentuada que falei à pouco (para quem lá passa é a subida de Sto. Tirso) e qual é o meu espanto quando o carro que seguia à minha frente pisa alguma coisa no pavimento. Não tendo eu tempo para me desviar, segui e fui obrigado a passar por essa mesma coisa. Passado uns segundos sinto o carro a reagir de forma diferente e fiquei em alerta para tentar descobrir o que se passava, desconfiei que teria um furo, mas como naquela subida não existe berma, não podia encostar então abrandei o mais que pude e encostei-me à faixa mais à direita (essa zona tem três faixas), e com os quatro piscas ligados fui subindo aquela zona que me pareceu que nunca mais acabava. Mal tive oportunidade de parar e encostar assim o fiz, e reparei que o meu pneu traseiro do lado direito estava furado. Fulo da vida lá fui eu buscar a roda sobresselente e o macaco e tal para mudar o pneu. Com o pneu cá fora tive a triste notícia de que estava todo rasgado por dentro por isso de reparação irremediável, facto que se poderia dever ao objecto que calquei e/ou ter sido obrigado a percorrer uns quilómetros com o pneu assim para parar em segurança. Nessa mesma subida à uns tempos atrás, aconteceu um acidente grave. Devido à falta de berma, uma rapariga foi obrigada a ter de parar na terceira via com o carro sem se conseguir mexer. O resultado foi um carro que lhe bateu e levou-lhe o carro para a sucata e só com um milagre é que ela não ficou também no estaleiro, é de referir que ela estava com os quatro piscas e a preparar-se para colocar o triângulo.
Passo montes de vezes por carrinhas da brisa penso que andam a vigiar a estrada, problema é que aparentemente só andam para trás e para a frente, se um carro pára na berma às vezes lá aparecem mas esquecem-se, penso eu, por zelar que a via esteja sempre em condições para o uso dos utilizadores especialmente dos utilizadores pagantes (como no caso da A3). Parece-me ainda que as obras nas auto-estradas são um mal necessário no entanto deveriam prejudicar minimamente possível os condutores, mais uma vez dou o exemplo da A3, que à bem pouco tempo esteve em obras para mudar o piso, contendo mecos durante vários quilómetros para o desvio do trafego para a via contrária, o problema foi que a saída para Celeirós (Braga) ficou extremamente apertada e mal sinalizada tendo ficado algumas pessoas obrigadas a sair na saída seguinte e pagando um pouco mais de portagem (já de si cara). Todas as obras nas estradas são bem vindas para melhorar o pavimento e as condições rodoviárias, no entanto poderia tentar-se fazer com que essas obras fossem programadas para ser feitas às horas de menor fluxo. Um último ponto em relação às obras em que gostaria de falar é que acho que as portagens deveriam ser reduzidas nas vias em obra se não anuladas, estamos a pagar uma estrada que não está nas melhores condições devido a melhoramentos, daí que se não podemos usufruir na sua totalidade também não deveríamos ter de pagar como se estivesse em perfeitas condições.
Ao fim e ao cabo, sempre que utilizamos uma auto-estrada pagante, devemos exigir umas condições de funcionamento exemplares, pelo menos de acordo com o que pagamos. As diferenças entre a A3 e a A28 são essencialmente as que referi em cima faltando dizer que entre as duas a A28 é sem dúvida a melhor das duas em termos de perigosidade do traçado e em termos de piso e limpeza, no entanto também das duas é aquela que não é paga e que apesar disso, é a que menos menos problemas tem. Não defendo que se paguem as portagens, defendo que se elas existem e se temos de cumprir com a nossa obrigação de as pagar para utilizar, o outro lado também o deveria fazer mantendo-as limpas, modernas e com a vigilância necessária (e não a caça à multa!). Gostava que este tipo de via fosse pago pela sua qualidade e não ao quilómetro como é actualmente.
Tenho dito...!
Normalmente percorro todas as semanas e mesmo todos os dias duas auto-estradas portuguesas, a A28 (faz a ligação entre Porto e Viana do Castelo) e a A3 (faz a ligação entre Braga e Porto). A primeira, a A28, não tem portagem mas tudo indica que terá em breve, a segunda, a A3, já tem alguns anos e tem portagem. A ligação Porto- Viana (A28) tem um traçado fácil, suficientemente largo, e a maior parte dos quilómetros é feito em piso poroso (aquele que quando chove, a estrada não fica tipo piscina!) tem mesmo uma berma constante em toda a auto-estrada com excepção de uma parte ou outra mas que à partida não prejudica nenhum automobilista, tem o limite de velocidade normal numa auto-estrada (120km/h - para quem não sabe este é o limite de velocidade e não velocidade mínima!) mas, o trânsito vai fluindo, apesar da quantidade enorme de veículos que passa naquela via.
A A3, é sem dúvida mais antiga no entanto é paga e sendo assim acho que os utentes devem exigir algo mais já que a pagam. Para começar, o piso não poroso (piso para piscina quando chove!) tem uma percentagem acentuada neste via podendo-se tornar bastante perigoso, o traçado é feito com alguma facilidade especialmente se não ultrapassarmos o limite de velocidade se isso acontecer, existem umas curvas que podem ajudar a que algo corra mal, mas como dizia faz-se bem. Em relação às bermas, esta existe em quase toda a auto-estrada, excepção feita a uma subida de alguns quilómetros e bastante acentuada por sinal, esta zona é bastante perigosa porque é cheia de movimente (devido à subida acentuada, o trânsito concentra-se mais). Uma coisa que não entendo é a quantidade de lixo que existe no pavimento, neste campo a A28 também não é um primor, mas sempre é mais limpinha que a A3 talvez esse facto se deva à diferença de fluxo de trânsito ou ao tipo de veículos que circula numa e noutra.
Em termos de experiências pessoais a última coisa que me aconteceu foi um furo na A3, passo a explicar, estava eu a circular na via mais à esquerda a efectuar uma ultrapassagem no tramo de subida acentuada que falei à pouco (para quem lá passa é a subida de Sto. Tirso) e qual é o meu espanto quando o carro que seguia à minha frente pisa alguma coisa no pavimento. Não tendo eu tempo para me desviar, segui e fui obrigado a passar por essa mesma coisa. Passado uns segundos sinto o carro a reagir de forma diferente e fiquei em alerta para tentar descobrir o que se passava, desconfiei que teria um furo, mas como naquela subida não existe berma, não podia encostar então abrandei o mais que pude e encostei-me à faixa mais à direita (essa zona tem três faixas), e com os quatro piscas ligados fui subindo aquela zona que me pareceu que nunca mais acabava. Mal tive oportunidade de parar e encostar assim o fiz, e reparei que o meu pneu traseiro do lado direito estava furado. Fulo da vida lá fui eu buscar a roda sobresselente e o macaco e tal para mudar o pneu. Com o pneu cá fora tive a triste notícia de que estava todo rasgado por dentro por isso de reparação irremediável, facto que se poderia dever ao objecto que calquei e/ou ter sido obrigado a percorrer uns quilómetros com o pneu assim para parar em segurança. Nessa mesma subida à uns tempos atrás, aconteceu um acidente grave. Devido à falta de berma, uma rapariga foi obrigada a ter de parar na terceira via com o carro sem se conseguir mexer. O resultado foi um carro que lhe bateu e levou-lhe o carro para a sucata e só com um milagre é que ela não ficou também no estaleiro, é de referir que ela estava com os quatro piscas e a preparar-se para colocar o triângulo.
Passo montes de vezes por carrinhas da brisa penso que andam a vigiar a estrada, problema é que aparentemente só andam para trás e para a frente, se um carro pára na berma às vezes lá aparecem mas esquecem-se, penso eu, por zelar que a via esteja sempre em condições para o uso dos utilizadores especialmente dos utilizadores pagantes (como no caso da A3). Parece-me ainda que as obras nas auto-estradas são um mal necessário no entanto deveriam prejudicar minimamente possível os condutores, mais uma vez dou o exemplo da A3, que à bem pouco tempo esteve em obras para mudar o piso, contendo mecos durante vários quilómetros para o desvio do trafego para a via contrária, o problema foi que a saída para Celeirós (Braga) ficou extremamente apertada e mal sinalizada tendo ficado algumas pessoas obrigadas a sair na saída seguinte e pagando um pouco mais de portagem (já de si cara). Todas as obras nas estradas são bem vindas para melhorar o pavimento e as condições rodoviárias, no entanto poderia tentar-se fazer com que essas obras fossem programadas para ser feitas às horas de menor fluxo. Um último ponto em relação às obras em que gostaria de falar é que acho que as portagens deveriam ser reduzidas nas vias em obra se não anuladas, estamos a pagar uma estrada que não está nas melhores condições devido a melhoramentos, daí que se não podemos usufruir na sua totalidade também não deveríamos ter de pagar como se estivesse em perfeitas condições.
Ao fim e ao cabo, sempre que utilizamos uma auto-estrada pagante, devemos exigir umas condições de funcionamento exemplares, pelo menos de acordo com o que pagamos. As diferenças entre a A3 e a A28 são essencialmente as que referi em cima faltando dizer que entre as duas a A28 é sem dúvida a melhor das duas em termos de perigosidade do traçado e em termos de piso e limpeza, no entanto também das duas é aquela que não é paga e que apesar disso, é a que menos menos problemas tem. Não defendo que se paguem as portagens, defendo que se elas existem e se temos de cumprir com a nossa obrigação de as pagar para utilizar, o outro lado também o deveria fazer mantendo-as limpas, modernas e com a vigilância necessária (e não a caça à multa!). Gostava que este tipo de via fosse pago pela sua qualidade e não ao quilómetro como é actualmente.
Tenho dito...!
sábado, junho 09, 2007
Somewhere Over the Rainbow
O vermelho o verde o azul...todas para além do mundo para além da luz para além da compreensão...
Sejam felizes...
Sejam felizes...
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